Cerca de 80 reeducandos do Presídio Manoel Neri participam de confraternização com familiares e amigos

14/12/2023
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Na manhã desta quinta-feira, 14, a direção do Presídio Manoel Neri da Silva, localizado em Cruzeiro do Sul, proporcionou uma confraternização para aproximadamente 80 reeducandos. Os presos, que desempenham atividades no serviço interno do presídio, tiveram a oportunidade de compartilhar momentos de celebração e afeto com suas famílias e amigos, mesmo aqueles que não constam na lista de visitantes convencionais.

Na ocasião, foram oferecidos atendimentos de saúde e serviços de vacinação aos participantes. Além disso, os presentes também tiveram um momento religioso. O diretor do presídio, Elves Barros, destacou a importância desse encontro, ressaltando que contribui significativamente para que os detentos se sintam merecedores de reintegrar-se à sociedade.

Para muitos reeducandos, como um interno de 39 anos que passou os últimos 13 anos no sistema carcerário, esse momento é mais do que uma confraternização: representa uma oportunidade especial de felicidade. Para outro reeducando, de 50 anos, esse momento representa tudo em sua vida, pois a família representa a base de tudo. “Por mais que seja um curto tempo, estar com minha esposa, meu filho e minha mãe traz a força necessária para continuar”, disse o detento. Para a sua esposa, que estava no local, é muito gratificante essa oportunidade e ela confia que tudo dará certo.

Este já é o terceiro ano consecutivo em que o presídio promove essa iniciativa, reforçando a ideia de que a ressocialização é um processo que envolve não apenas o indivíduo, mas também sua relação com a família e amigos.

A coordenadora do setor técnico, Vanila Pinheiro, enfatiza que o foco principal dessa confraternização é impulsionar o processo de ressocialização, reconhecendo a família como um dos pilares fundamentais para essa jornada. “Os reeducandos precisam sentir-se apoiados não apenas pelos servidores daqui, mas também por suas próprias famílias”, destaca Vanila. Ela conta que, por questões pessoais, algumas famílias podem enfrentar dificuldades em visitar determinados presos, tornando esse evento descontraído e harmonioso uma valiosa contribuição para fortalecer esses laços familiares.